A ruptura de um tumor de apêndice, pode ocasionar a pseudomixoma peritoneal, que é quando a doença se espalha pela cavidade abdominal. A condição de disseminação da doença obviamente piora o prognóstico, causa sintomas de dor, desconforto e aumento do volume abdominal, assim como alteração no trânsito intestinal. Felizmente há tratamento.
O cirurgião oncológico do Gastro Medical Center, Eduardo Zanella Cordeiro, explica que de maneira pioneira em Santa Catarina ele e sua equipe aplicam um tratamento que emprega uma técnica que combina cirurgia e quimioterapia.
“No pseudomixoma peritoneal a quimioterapia endovenosa convencional tem pouco ou nenhum efeito. A cirurgia isolada também não é o ideal. O que fazemos consiste na retirada de toda doença encontrada no abdômen, meticulosamente avaliando cada espaço, cada recesso da cavidade abdominal em busca de implantes”, explica.
Segundo o médico, trata-se de uma cirurgia longa, que envolve muitas vezes a retirada de todo peritônio parietal, omento, baço, e porções do intestino, se houver acometimento. “Após a certeza da retirada completa de toda doença visível, procedemos com a perfusão de quimioterapia intraperitoneal com quimioterápico específico, a uma temperatura de 41 graus, com intuito de combater qualquer célula residual que possa estar na cavidade abdominal. O calor potencializa a ação do quimioterápico”.
Por ser um tratamento complexo, requer adequada estrutura hospitalar, além de profissionais altamente treinados.
Se antes era tido como incurável, hoje pode-se conseguir índices maiores que 80% de sobrevida em cinco anos, dependendo das características.
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